like a princess fanfic.
segunda-feira, 6 de julho de 2009 @ 17:10

Cena de Like a Princess
de Gih Meadowes



Capítulo I
Freak it em Oxford: Garoto nú com a mão no bolso é flagrado no quarto 101


Sabe, preciso procurar algo que seja mais construtivo do que ficar deitada de bruços no meu closet, admirando a estante de sapatos Manolo e Stella ma-ra-vi-lho-sos durante o dia todo. Talvez eu pudesse fazer um tour em Londres, mas não seria tão legal sozinha. A única coisa que eu quero agora é uma amiga. Eu poderia olhar nos classificados algo como:

Amiga para aluguel,
Oferece-se tour por Londres, ouvidos para desabafos, paciência para levar a compras e etc.
Favor tratar com Genivalda, telefone 44-20-458-698-223 ou pelo site alugueldeamigos.co.uk


Qual é o fundamento?

Bom, tanto faz. Eu vou deitar na minha cama com o meu pijama vintage com um pin up estampado bem na frente, vou conectar meu iPod no meu iLuv e ouvir Elvis ou a soundtrack de Grease, que tal? Eu faria uma festa do pijama, se eu não estivesse confinada nesse lugar sendo vigiada por 32 câmeras. Posso chorar?

Não, vou meditar, se bem que isso dói as costas até dizer chega. Ou podia ligar a TV e assistir BBUK – Big Bosta Brother United Kingdom. É, é isso.

Ligo a TV e passo os canais até chegar ao da BBC. OMG! É o filme que eu queria tanto assistir! STARDUST. O mistério da estrela. Sem contar que o protagonista é um gatinho e tem o Robert Deniro que eu acho um tesão broto-pão.




NÃÃÃO! A VICTORIA NÃO TE MERECE!




É UMA BRUXA! NÃO ENTRA AÍ! BURRA-BURRA-BURRA! Unicórnio idiota!




Capitão Shakespeare? Assustador. Ele é meio enrustido. Assustador ao quadrado.




Cabelo comprido? JESUS ME ABANA!




Ai que lindo, Yvaine! Caramba, será que ele não está ouvindo?




OMG! ELE OVIU! Ai que vergonha, Yvaine, e agora?




TRISTAN, VOCÊ É IDIOTA? NÃO LARGA ELA, CARAMBA!




Que susto, mas o Septimus não tinha morrido?




Ela se arrependeu, hã?




AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAH! QUE LINDO! Ela brilha tanto! Espera, o rubi brilhou. ELE É NOBRE! Será que ele existiu mesmo? Eu posso ser tatatatatatatatatatatatatatatatatatara-neta dele com a Yvaine e tal. Será que eu sou tatatatatatatatatatatatatatatatatatara-neta de uma estrela, já que ela era nobre de um reino, hã, mágico?. Ok, esquece.

O filme é lindo! Imaginei que fosse menos, mas é demais. É lindo demais, estonteante, nos faz cinderelar por um bom tempo, se bem que é bem mentiroso, quero dizer, qual é a da estrela que na verdade é uma mulher e que pode ter filhos, netos, bisnetos e tataranetos?

Uau, já quase anoiteceu, e é meio cedo para anoitecer. Claro que onde eu morava era meio deserto, então não havia empecilhos para o sol raiar nas janelas, já aqui não, aqui tem bastante paredes. Pelo menos o suficiente para o sol só chegar até aqui amanhã de manhã. São seis da tarde, acho que vou pedir comida chinesa, assistir a um bom seriado e dormir. Afinal, amanhã eu vou para Oxford, e eu mal posso esperar por isso! Meu coração já quase pára quando as palavras Oxford, Jornalismo, Moda e Dorcas são mencionadas em uma mesma oração. Eu estou ficando elétrica, e isso não me faz bem.

Pego o telefone e o caderninho de telefones úteis que o moço gentil da recepção me deu, e olho em busca do número de telefone que um delivery de comida chinesa. Aqui! Achei. Disco o número no meu telefone mega lindo, igual àquele que passa na propaganda de polishop.

- Oi, eu gostaria de fazer um pedido.

- Um momento por favor. Pode falar.

- Hã, um Yakisoba com dose extra de shoyu e com caldo bem grosso, por favor.

- Para quantas pessoas?

- Uma só. Você pode me mandar o hashi azul escuro?

- Sim senhora. Mais alguma coisa?

- Uma Diet Coke de 600 mls também.

- Só isso?

- Só.

- São 15 libras no total, pagamento em dinheiro?

- Sim. Qual é a previsão?

- De 35 à 40 minutos. Restaurante Xing Ling agradece a preferência e bom apetite.

Xing Ling. Não tinha um nome menos criativo? Sei lá, só para variar. E de 35 à 40 minutos eu morro de fome se eu não tiver nenhum belisquete na dispensa, tipo, amendoim ou qualquer coisa no gênero. Acho que essas espécies de delivery podiam fazer jus ao nome de fast food e fazer uma fast food para valer. De preferência comestível, e que não parecem jornal triturado, como os lanches do McDonalds.

É, eu procuro evitar de comer no McDonalds porque além de pouco saudável e relativamente caro, a comida não tem gosto nenhum, claro.

Vou até a estante cor de tabaco, ligo o meu Home Theater e ponho o meu CD da Colbie Caillat, só para sair de Katy Perry, Kate Nash, Elvis, Beach Boys e Beatles um pouco. Além do quê eu comprei esse CD por uma merreca e eu super adoro a voz dela. Sabe como é, banca em loja de CDs é minha perdição. Você acha tesouros por lá.

Aperto o botão para avançar músicas e vou até à Track 3, que é One Fire Wire. Decididamente a melhor música dela, aham. Acendo as luzes coloridas que saem das sancas de gesso no teto e começo a dançar sozinha.

Não é muito construtivo ficar dançando sozinha, mas fazer o que quando não se tem um namorado? Mas eu já superei essa minha crise de solterisse, porque meu pai sempre dá um jeito de me afastar dos meus pretendentes, é impressionante e assustador.

Se bem que eu sempre aparecia com os caras mais bizarros o possível: uma vez foi um punk, outra o nerd da Nokia¹ – ele usada óculos fundo de garrafa e não tinha vida social. A não ser quando eu disse isso para ele e ele resolveu infiltrar as gatinhas da Playboy no apartamento dele – e outra vez foi um surfista hippie – cabelos compridos e parafinados, saradíssimo, mas não tinha nenhum neurônio. Acho que o sol fritou todos.

Eu poderia muito bem comparar minha vida à The Simple Life, se bem que eu nunca tive que servir refeições em restaurantes e nem limpar privadas, mas enfim. É bem sofrida (?). Uma vez eu quis pintar o meu cabelo de loiro e meu pai quase quis me exorcizar. Sabe, a Paris Hilton está solta por aí loira e burra como sempre e nem por isso as pessoas quiseram à exorcizar. Certo, fiquei sabendo de um cara que quis, achou que ela tinha o demônio no corpo, mas tanto faz. Ela usa Dolce e isso é motivo suficiente para eu ter nojo dela.

Eu já disse que morro de nojo de Dolce, só pelo fato de eu achar quem se veste com essa marca quer dizer que está se vestindo com roupas de marca, mas roupas de marca na verdade só Givanchy, Gucci, Prada, Dior, Valentino, Chanel, Versace e afins, vintage, só para não perder o costume.

Opa! O interfone.

Chegou!

[¹: Internas, só eu e a Nine entendemos, rs x:]




Me pergunte onde é que eu estou! Aliás, onde estou indo! EXATO! À caminho de Oxford! No “meu” lindo e charmoso Cadillac preto, TAMBÉM VINTAGE! Podem me chamar de doente, mas vintage é minha vida. E vem antes ainda de Moda, Jornalismo e Oxford, que é o máximo. Quero dizer, o chão brilha e chega a ofuscar os olhos, segundo fontes confiáveis (o moço gentil da recepção). Eu queria ver se alguma faculdade do EUA é assim, tipo Yale, em Connecticut ou Massachucetts College Of Art, onde eu faria Artes Plásticas, para fazer esculturas tipo as do Oscar Niemeyer, o brasileiro. Eu sou muito ligada ao meio artístico, como podem perceber.

- Falta muito, Andrew? – pergunto ao MIB (motorista in black, gotgot?) que dirigia meu Cadillac Vintage.

- Mais 5 minutos. – diz ele.

Em mais cinco minutos eu posso terminar de roer minhas unhas que estavam lindas, vermelhas 40 graus.

- Você vai vir me buscar na sexta de noite?

- A senhorita é quem sabe. Eu poderia vir aqui lhe buscar todos os dias. – ele diz. Own, que fofo! Eu não vou ser tão má a ponto disso. Oxford fica à meia hora mais ou menos de Londres, sem tráfego. Claro que eu poderia pegar o meu helicóptero particular (mentiiiiiiiira!) e pousar no heliponto na minha cobertura duplex todos os dias, mas acho que não é necessário.

- Não. Parece que eu já tenho quarto reservado com um colega. – que eu espero, sinceramente, que não seja mais um dos seguranças super treinados da loucacademia de seguranças para sua pobre filha, no caso, eu. Podia ser um músico lindo e charmoso, intelectual e que gosta de conversas sobre jornalismo e entenda o meu vicio por vintage. Mas podia ser uma menina para ser minha amiguinha também, he.

- Chegamos. – ele anuncia, pára na frente da recepção de Oxford, e abre minha porta para eu sair, como um bom motorista-cavalheiro.

- Obrigada. – eu digo pegando minha bolsa de mão vermelha e preta Chanel 30’s, onde estão todos os meus kits de primeiros socorros. Anti-séptico, curativos, acetona, algodão, nécessaire com rímel, lápis, gloss e etc, alicate de unha, lixa, agulha, linha branca para primeiros socorros, tesourinha e... só. Ah, tem também minha carteira Versace também vintage, com os meus documentos, e não, meus documentos não são vintage.

Entro na recepção e logo tenho que fechar meus olhos. Era muito emocionante e quando eu vi, o que o moço gentil da recepção disse fazia mesmo sentido. Oxford brilhava mesmo. No sentido literal da palavra, como se as faxineiras passassem o dia esfregando o chão e passando cera. Era quase um espelho e brilhava muito. Eu podia ver até o selo da minha calcinha se eu olhasse bem, porque eu estava de saia Gucci (já sabe, né?) azul marinho e pólo listrada vermelha Dior não vintage, AEEEEEE! Sim, eu tenho algumas peças não vintage, mas são poucas.

- Olá, eu vim para fazer o meu check-in aqui. – falo me debruçando no balcão que é relativamente alto para mim.

- Seu nome por favor. – fala a mulher mal encarada do balcão. Eu a confundiria facilmente com uma daquelas mulheres da roça que mastigam capim no canto da boca e com uma verruga preta na ponta do nariz.

- Dorcas Meadowes.

- Oh! Senhorita Meadowes! Muito prazer, meu nome é Mary Ann! Seja muito bem vinda à Oxford, espero que se divirta por aqui. Seu quarto é o 101, e já está preparado com tudo o que a senhorita precisa. – uau. O que aconteceu, ela descobriu que eu sou filha do Dalai Llama (?)?

- Hã, está certo. Andrew, pode deixar que eu levo minhas malas. Muito obrigada, até sexta.

- Sim, senhorita. – ele fala e eu pego a alça da minha mala de rodinhas e começo a arrastar pelo corredor mega brilhante de Oxford.

Não é super emocionante? Eu finalmente estou em Oxford, e é uma mudança e tanto na minha vida. Até anteontem eu estava num castelo no meio do nada, condenada a me casar com um cara que eu nem sei o nome com 56 anos de idade, e agora eu estou em Oxford (!) prestes a entrar no curso que eu sempre sonhei em fazer, Jornalismo e estou no quarto 101, igual ao da Zoey 101, a irmã da Britney, sabe? A little Spears. Pena que as gravações tiveram que ser interrompidas porque a little Spears resolveu dar uma de big Spears e ser irresponsável o bastante para engravidar, ah, qual é?

Ela tem um ano menos que eu e foi assim burra para engravidar. Bom, levando-se em conta a estrutura familiar dela, isso não é nada, quero dizer, a irmã dela é uma extrela pop, drogada e careca (ou era) que não tem neurônios suficientes para cuidar dos próprios filhos, ou próprio, não sei.

A única coisa que eu sei é que o mundo está perdido, tomando em consideração que eu iria noivar e casar com um sapo príncipe de 56 anos (preciso frisar essa parte).

Tanto faz.



Ótimo, é super empolgante quando você está na sua véspera de começar a fazer aulas de moda e você não consegue desenhar um mísero bolerinho de Poá azul marinho e branco neve, o que me lembra branca de neve. Tudo bem que não fazem nem... 5 minutos que eu cheguei aqui e me esparramei pelo quarto. Eu sou bem espaçosa, é.

Coloco meu cotovelo em cima da mesa e dou uma bufada olhando para o teto. Eis que eu ouço um barulho na porta do banheiro. Oh.My.God. Decididamente, era tudo o que eu queria. Um maníaco que escapou da força armada da mamãe dentro de Oxford, que se escondeu no meu banheiro para abusar de mim e me fazer sua escrava sexual para sempre e sempre.

Minha situação pode ser pior? Ou casar com uma príncipe de 56 anos ou ser escrava sexual nas Bahamas até a morte por um psicopata ninfomaníaco. Ah, claro que pode. Ser escreva sexual nas Bahamas até a morte por um príncicopata ninfomaníaco de 56 anos.

Então um cara sai com a toalha enrolada na cintura feito o Tarzan, chacoalhando o cabelo como de fossem os cabelos da Britney e todo molhado.

- AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAH! – eu guincho, pulo na cama e cubro o rosto com uma almofada.

- AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAH! – ele grita pegando uma almofada para cobrir as partes.

- Certo, eu só tenho uma pergunta: o que é que o senhor...

- Remus John Lupin.

- Lupin está fazendo no meu quarto semi-nú apenas enrolado com essa... tanguinha? – pergunto afastando um pouco a minha almofada para ver se ele já tinha colocado uma roupa decente.

- Primeiro... – ele começa já de boxer. Não faz isso, eu não vou resistir. Não, eu vou sim, eu sou pura, o que eu estou fazendo? CADÊ O MEU TAPAOLHO DO HALLOWEEN DE 2000? -... esse quarto pertence a mim desde às duas horas de hoje, portanto, a senhorita...

- Dorcas Meadowes, e vista logo a sua roupa.

- Certo, a senhorita Meadowes não é possuidora de nada aqui, a não ser dessa sua mala super gay. Segundo, eu estava enrolado numa toalha de banho, não numa tanguinha. – ele diz tentando ser superior.

- Escute aqui, Lupin, você não sabe com quem está falando. – afirmo superior.

- Sei muito bem. Com uma garotinha metida a besta e arrogante, que pensa que é melhor que os outros por usar essas roupas velhas que deve ter comprado num brechó. – Isso não vai ficar assim!

- Pois bem, são roupas de brechó sim, com muito orgulho, e me orgulho de ser uma pessoa com estilo, não essas modelos pré-fabricadas. E você está falando com Dorcas Meadowes, princesa de Cesaro.

- E daí? – ele diz esnobe e eu começo a ficar vermelha.

- GROSSO! – saio e bato a porta.

Ora, quem ele pensa que é? Só porque tem um rosto maravilhoso, um cabelo de dar inveja e aquele corpo que dá vontade de colocar numa caixa de vidro com formol para nunca mais de desfazer, acha que está por cima de todos. Ótimo! Se ele quer guerra, ele vai ter guerra. Mas é uma pena que eu tenha toda a força armada da Europa como professores, hahá! Peguei ele, no bom sentido.

Começo a andar por Oxford sem nem saber para onde estou indo.

Argh, que raiva! Ele estava falando com uma princesa! Ele deve se referir a mim como Vossa Alteza, e não do jeito que me tratou. GROSSO, MIL VEZES GROSSO!

Entro por uma porta e acho um pátio enorme e muito arborizado. Sento-me num banquinho e fico observando os alunos que conversam animadamente sob o pôr-do-sol, que parece incrivelmente lindo hoje.

Remus Lupin... Grosso, grotesco, otário, imbecil, idiota, estúpido, tosco, escroto, lindo, sarado, gostoso... O QUE EU ESTOU FALANDO? Ele pode ser lindo maravilhoso e tudo mais, mas ele ainda assim apareceu SEMI-NU na minha frente! Isso não é atitude de um homem gentil e cortez, isso é atitude de um plebeu. Ele me lembra muito alguém, que eu não sei quem...

- Oi... – ouço uma voz máscula perto e um peso do outro lado do banco. Viro e dou de cara com o Robert Pattinson (é, aquele que fez o Cedrico em Garry Forter²). – Desculpa pelo mal entendido mais cedo. É que você me pegou pelado, e eu não gosto disso. – sério? Quem gosta de aparecer nu em público?

Espera! É o Remus, não o Robert!! Ele lembra demais o Robert, caramba! Até no corpo super hot, meu Deus.

- Desculpa aceita. – digo ainda superior. Ótimo, por que estou sentindo esse peso na minha consciência agora? Viro para ele novamente e encaro aqueles olhos cor de mel – Certo, desculpa também por ter falado daquele jeito com você, eu não sou assim, não mesmo. Mas você me ofendeu quando disse que minhas roupas são velharias.

Ele começa a rir e eu fico com aquela cara de tapada típica, sabe? Eu não entendi.

- Eu não diria que são velharias se elas não fossem mesmo velharias, maaas me desculpe, não foi a minha intenção. Sei que isso se chama vintage, e admiro que você tenha coragem para usá-las. Você vai fazer ênfase em Moda? – pergunta e eu faço que sim com a cabeça. – Imaginei logo quando você disse que não é dessas modelos pré-fabricadas pela sociedade.

- Uau, você prestou atenção no que eu estava gritando, ou melhor, dizendo para você.

- Claro, antes de você ferir os meus sentimento com aquele “GROSSO!” e a batida de porta. – ele diz piscando me fazendo rir. Como assim me fazendo rir? Ele ainda é aquele Remus estúpido e pervertido que estava semi-nu no seu dormitório Dorcas Meadowes!

- Hehe, me desculpe.

- Faz isso de novo! – ele diz me assustando.

- Fazer o que?

- Ri daquele jeito de novo!

- Que jeito? Hehe, assim? – pergunto envergonhada. O que tem a minha risada?

- Sua risada é igualzinha a risada da minha irmã! Caramba faz tanto tempo que eu não vejo ela, desde que se casou com o príncip... com o Trevor. – ele diz passando a mão nos cabelos quase loiros dele.

Ah não! Eu estou cinderelando com o Remus grosso ao cubo! Eu acabei de conhecer ele e já estou cinderelando! Inferno.

- Ah. Hum, estou com fome. – falo. Nossa, como eu sou sensível.

- Haha, vamos até a lanchonete que tem aqui dentro. Aposto que você vai amar a decoração. – ele diz se levantando e dando a mão para eu meu levantar.

- Como você já conhece isso tudo aqui dentro? – pergunto sendo obrigada a andar mais rápido, já que as pernas dele eram o dobro de comprimento das minhas.

- Venho aqui há algum tempo. Vinha trazer minha irmã para cá todo final de semana, e sem arranjava uma desculpa para entrar aqui para brincar no chão encerado e também comer na lanchonete, porque eu achava a decoração muito legal e sexy.

- Fiquei curiosa agora, do jeito que você falou parece que tem fotos de catálogo de Sex Shop espalhadas por todo lado. Está perto? – pergunto finalmente.

Estou começando a ficar com dor nas pernas, porque o meu esforço é multiplicado por dois, já que eu pareço uma múncula, saca?

- Aham. Dentro de cinco passos estaremos lá. – ele diz. Ele consegue ser incrivelmente engraçado, mas continua sendo o Remus grosso. – Um, dois, três, quatro, cinco e chegamos!

Eu estou pasma demais para expressar qualquer sentimento que eu esteja sentido nesse momento, já que a decoração dessa lanchonete é a coisa mais linda e tchutchuca que eu já vi em toda a minha vida, se levarmos em conta o fato de eu ser totalmente apaixonada e encarar a Marilyn como um diva, assim como todas as outras Pin-Ups, OH.MY.GOD!

- Dorcas? – chama percebendo que eu estou entorpecida.

- Espere, não me interrompa no meu momento faniquito, se não quiser que eu tenha um “freak-it” right now. – falo sem respirar enquanto ele se ri de mim. – Você não entende o que a Marilyn é para mim. Ela é a minha DIVA! Diva, entende, DIVA? Não é possível, eu só posso estar tendo uma alucinação corpórea!

- Alucinação corpórea? – ele indaga sem entender.

- É, quando você pode tocar sem que a alucinação de desfaça.

- Certo, agora vou ter que interromper o seu momento faniquito e te arrastar até a melhor mesa daqui. – ele fala me puxando até uma mesa do outro lado do salão. – Super legal aqui. Então, vou pedir uma porção de batata-frita, tá?

- Tá ok. – falo pegando o menu e ficando mais chocada ainda. Tem uma foto da Marilyn maravilhosa na capa. – Pede uma Diet Coke também.

- Nada disso, Diet Coke pode te dar câncer, que tal um suco de laranja? O sujo daqui é muito bom, acredite. – ele fala. Ele fala como meu pai!

- Ok, ok. Um suco de laranja para mim. – falo enquanto ele chama o garçom e faz os pedidos.

Então do nada segue aquele silêncio mórbido e constrangedor.

- Hãm, Dorcas... Eu queria te dizer uma coisa.

- O que? – meu estômago aquela parece estar numa montanha-russa.

- Não... deixa para lá.

- Fala! – exclamo. Odeio quando as pessoas fazem isso.

- Está certo. Eu queria dizer que parece que eu te conheço há muito tempo. Eu me identifiquei bastante com o seu jeito arrogante e mandão.

- Ei!

- Deixa eu terminar. Me identifiquei porque eu sou assim também, por isso você achou que eu fui grosso, entendeu? Mas eu sei pedir desculpas e me redimir.

- Já eu não. É, percebi isso também, mas foi legal você ter ido lá pedir desculpa por uma coisa que nem foi sua culpa. Obrigada por se desculpar, eu sou uma pessoa muito difícil. – eeee! E assim vivemos felizes para sempre (?). MENTIRA!

[²: Garry Forter, créditos a Laura, porque foi ela que criou o nome na finada “Um dia você aprende”, que Deus a tenha.]



Ok, tudo bem, eu estou entrando em pânico, como é que eu vou dormir de camisola ou baby-doll ou whatever com um cara no meu quarto. Como? Eu, simplesmente, não posso conviver com isso. Vocês não estão me entendendo! Minha camisola sobre quando eu durmo e agora eu vou ter que dormir de sutiã! Olha que beleza... só porque eu não quero que uma criatura do sexo oposto me veja com os peitos caídos, dã! E como é que eu vou usar um baby-doll na frente de um homem? Um homem que eu não conheço, quero dizer. Bom, tanto faz, eu vi ele semi-semi-semi-nu, então, não há muita diferença, esse que é a verdade.

Sabe, apesar daquele começo um pouco conturbado e tudo mais, acho que nós vamos nos dar bem. Temos muito em comum, somos grossos, estúpidos, mandões e... bom, somos bonitos também. Só que eu sou da realeza, ele é um plebeu e isso é um problema. OMG! Como eu posso estar pensando nisso numa situação como essa? São 02:14 da manhã, eu estou acordada ainda pensando nisso! Eu devo ter distúrbios mentais, eca! Aliás, eu estou prometida para o meu gatón à moda do Richard Gere. Claro que se ele fosse metade do que o Richard Gere é eu me jogava nele. Mas tanto faz, a ultima coisa que eu preciso aqui é de mais um cacho. Como se eu tivesse muito, ó deus.

N/A: TCHARAN! Eu seeeeei! Eu seeeeei! Eu sou uma péssima autora, demorei mil anos para atualizar, mas, EU ATUALIZEI! õ/ Essa é a primeira fic que eu realmente amo escrever. Seja rápido ou devegar, essa vai sair! Eu prometo (yn).

N/B: Estou super hiperativa hoje, betei tudo tão rápido que nem senti. Acho que é o efeito do chocolate, e panz. Mas ok, é melhor eu dizer adeus antes que eu comece a não conseguir controlar o impulso de pôr pontos de exclamação em excesso em tudo... Beijo, Nine :*